quarta-feira, 21 de julho de 2010

eliza samudio x FLAMENGO

Sem Deus tudo seria permitido - Dostoiévski

Como o título deste texto sugere, Eliza com "e" minúsculo foi o que pude perceber na entrevista feita com a diretora do Flamengo Patricia Amorim, concedida ao Globo Esporte no dia 17 de julho, sobre o caso Bruno.

Fiquei assombrosamente espantado(??) ao vê-la declarando seu amor pelo clube quase aos prantos e profundamente comovida por ver seu filhinho ( o flamengo ) sendo atingido dessa maneira(afinal ele não perdeu a vida mas perdeu alguns milhões). Ela poderia ao menos oferecer algumas palavrinhas de apoio à familia da Elisa antes de sair defendendo seu filho que ainda está "vivo". E se esse filhinho fosse assassinado da maneira brutal, como tudo indica, foi a filha de uma familia até então anônima? Não seria possível pois o flamengo não é de carne e osso. Ele até se utiliza do sangue, da carne e dos ossos de alguém pra se manter, pra existir, mas ele vencendo ou perdendo, até mesmo deixando de existir enquanto clube, continuará sempre na mente e no coração de algumas pessoas.

Infelizmente somos assim - ainda amamos as coisas e usamos as pessoas.



Para pensar: o ser humano é que faz de nós tão cruéis. Ja pensou se o cachorro do meu vizinho matasse a minha cadela apenas por ter tido dez cachorrinhos com ela e por ter medo de se endividar por causa de uma pensão, ter que dividir sua ração? Bem, é mais difícil dizer onde come um comem dez, né não?

segue a entrevista ( com direito a fundo musical hollywoodiano )

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