sexta-feira, 25 de junho de 2010

Minha pretensão

Não tenho a pretensão de, com a minha música, te fazer sorrir ou chorar. Ficarei feliz se pelo menos eu conseguir te fazer sentir e que o sentimento, qualquer que seja ele, te traga de novo à vida.

Jasiel Calixto
25/06/2010

Ricardo Gondim

Vale a pena o clique e conferir seus artigos e suas poesias. Alimento puro!!

A estrada menos trilhada

trecho do artigo de Ricardo Gondim. Para ler o artigo todo clik aqui

Amigo, entendamos: o caminho mais usado não leva a lugar nenhum porque termina no inferno da perfeição. Perfeição que cobra dos humanos um padrão que só os deuses mitológicos alcançam. Fuja dessa armadilha que não só fatiga como destrói com o ácido chamado ansiedade.

Portanto, não se sinta diminuído pelo anonimato. Nunca pense que jogou a vida fora por não ter alcançado as luzes da ribalta. Jamais inveje os que gravaram o nome na calçada da fama. Tudo vira pó. A glória humana se dispersa em nada. Dedique-se a construir relacionamentos significativos. Priorize os encontros despretensiosos. Doe-se sem esperar recompensa humana.

Escolha abrir sua própria picada. Evite bitolas, cabrestos, vendas, algemas. Escreva a sua história sem se preocupar se alguém vai considerá-la digna de ser publicada. Só você conhece o valor de seus momentos. Um dia, com um suspiro, você também verá que duas estradas bifurcaram e valeu ter viajado pela menos preferida.

Abraços,

Ricardo
Soli Deo Gloria
16-06-10

Dores e dores por Ricado Gondim

Ricardo Gondim

Algumas dores são localizadas. Outras se disseminam; tudo dói. Explico melhor. Algumas feridas só machucam no local; uma queimadura, um espinho, uma contusão, indicam exatamente o lugar e o tipo de dor. Mas há sofrimentos que se alastram de tal maneira que se perde inclusive a origem da ferida. Basta apertar onde foi machucado e sensações desagradáveis se espalham como ondas. A dor fica sistêmica. Mas isso vale não só para o físico. Há feridas da alma que são septicêmicas.

As feridas narcísicas, por exemplo, não machucam apenas em um determinado ponto. Elas se transformam em agonias integrais. Feridas narcísicas são as que vêem da infância ou quando o esforço de firmar a identidade foi frustrado. E sempre que alguém toca nessas ulcerações da alma, tudo sofre.

Por isso, sejamos sempre cuidadosos com os juízos. Podemos lacerar uma pessoa por inteiro. Os juízos são sempre temerários. Quanto menos conhecemos uma pessoa, mais rápidas as sentenças. Caso tivéssemos acesso aos dilemas mais íntimos, às disfuncionalidades familiares mais antigas, talvez usássemos de mais misericórdia quando condenamos.

O rei Davi optou ser julgado por Deus e não pelos homens porque sabia que Deus conhece os porões subjetivos do espírito, as hesitações da alma e os medos do coração. E os homens concluem com vereditos precipitados; com análises superficiais.

Zidane, o jogador de futebol francês, perdeu a distinção porque um adversário fez algum comentário danoso sobre sua mãe e irmã. Cutucado na ferida narcísica, todo o homem reagiu. Cristo advertiu àqueles que desprezam essas sensibilidades e partem para chamar o próximo de “raca”, que significa louco. Eles são dignos do inferno.

Já constatei o estrago que uma palavra mal dada produz, pois tratei de pessoas destruídas pela dor narcísica. Não existem xingamentos ingênuos, tudo o que se fala não produzi efeitos momentâneos, mas consequências boas ou arrasadoras na autoestima de alguém. Em minha breve existência, cuidei de mulheres destruídas por comentários levianos. Conheci homens boicotados de se tornarem tudo o que podiam porque alguém, que conhecia suas feridas narcísicas, alfinetaram onde mais doía. Para destruir uma pessoa, basta lembrar malfeitos, vergonhas públicas, deficiências físicas, inadequações familiares. A música interpretada por Ana Carolina carrega uma sensibilidade especial. Ela fala de um “vendedor de flores que ensina seus filhos a escolher seus amores”. Quanta ternura! O mundo seria diferente se lidássemos com o próximo com a delicadeza de quem mexe com pétalas de rosa.



Educação, finesse e sensibilidade não vêem de berço. São construções que demoram às vezes a vida toda. Nesta geração individualista, em que as pessoas mal se preocupam com a felicidade alheia, já faltam espaços para cuidar de tantos que pedem ajuda para dores que nem eles mesmos conseguem expressar.

Zelemos com um guarda nos lábios para que nossas palavras produzam vida, nunca morte.

A redenção das sete artes: música



Parece que a partitura da consciência artística dos cristãos, que estava em branco faz muito tempo -- sem nenhuma referência a Cage -- começa a ganhar alguns rabiscos, ainda que sejam pausas.

Debater sobre artes no meio cristão não é tarefa simples, nem mesmo para os melhores artistas, ou melhor, principalmente para eles. Sempre em tema dissonante, a música tem passado por um período de deserto na consciência cristã, especialmente com a dicotomia criada entre sagrado e secular.

Falar sobre a redenção da música cria em nossa imaginação as mais diversas impressões. Se falamos em redenção é porque entendemos que toda a natureza é caída e que, consequentemente, essa queda chegou ao mundo sonoro ou a nossa percepção do mesmo.

Porém, falar em redenção gera em nós a ilusão de que é possível chegar em algo que seja certo, um padrão. E, tratando-se de música, a ideia de que chegaríamos a um padrão estético referente e ideal. Alguns cristãos começam a levantar os braços com a possibilidade de serem os artistas cristãos que possuem a música ou o CD mais redimido. Isso pode gerar confusão, ou melhor, mais confusão. Mas isso não traria nenhuma novidade à mentalidade artística da igreja atual. Outros já começam a pensar nos morros do Rio de Janeiro ouvindo e tocando Bach diariamente, já que a música redimida seria aquela “mais pura”. E continuaremos dando ouvidos a nossa visão eurocêntrica ou estrangeira do mundo.

Começar a falar sobre redenção na música exige corações redimidos, que entendem que Cristo veio para nos dar vida, para fazer com que nós, sua criação humana, voltemos a viver hoje parte daquele projeto original que ele viu e disse que era “muito bom!”. Música, antes de tudo, tem a ver com a vida, com vivê-la e experimentá-la em toda a sua potencialidade. Música tem a ver com o ser ser humano.

A redenção deve começar, antes de tudo, em nossas mentes encarceradas, no revisar do nosso olhar sobre o mundo e sobre o homem, em nossos conceitos sobre adoração e sobre vida. Caso contrário, nossa música continuará abafando a voz do oprimido que escancara na arte sua condição de perdido ou passando a ideia arrogante de que apenas cristãos transpiram a soberana arte divina.

Isso faz-nos pensar em algo que é realmente relevante: uma música nasce com a combinação de muitos elementos e todos precisam trabalhar em prol do outro. Nesse processo, as pausas são fundamentais. Não chegaremos a lugar nenhum sem diálogo, respeito, crítica e diversidade.

Que nossas melodias, sobrepostas às de Schaeffer, Card, Tillich, se tornem agradável harmonia aos ouvidos do Senhor.

Que possamos desfrutar e produzir arte, celebrando a vida -- graça concedida a todos os homens.


terça-feira, 22 de junho de 2010

Música? que música?

Deixa ir os meus Músicos!

Por leone em 26 janeiro 2008 na categoria Música

Uma das maiores necessidades da igreja brasileira hoje é a de música cristã profana. Precisamos de música cristã que não fale de Deus. Não que falar de Deus não seja importante; mas às vezes tenho a impressão de que falamos demais de Deus, quase a ponto de tomar seu nome em vão. Falamos tanto porque estamos preocupados com a sua ausência; será que falamos para ocultar a sua ausência?

Falar de Deus é essencial: “como crerão, se não ouvirem?”. Tão importante quanto falar sobre Deus, no entanto, é falar a partir de Deus; e quando falamos a partir de Deus, não precisamos, necessariamente, usar o nome de Deus – o livro de Ester conta uma belíssima história sem usar o nome de Deus nem uma única vez, e essa história se tornou parte do cânon judaico-cristão, como narrativa divinamente inspirada.

A questão, pois, é se temos a graça de contar a história do modo correto, de narrar a vida sob a luz do evangelho. Precisamos de música que não fale de Deus, mas que fale a respeito da vida, das flores, do amor, da política, e das crianças, sob a luz do evangelho; precisamos de música que fale sobre o mundo, mas a partir de Deus.

Além disso, precisamos de música, simplesmente. Música que signifique Deus por sua beleza, e que mostre a sua glória sem palavras. A música pode ser narrativa, mas não precisa ser – a música não precisa de justificativas além da sua própria existência porque, afinal, Deus não precisa dar explicações sobre a razão de sua criação. Quem pode pôr em dúvida a beleza da música? Quem pode pôr em dúvida o amor do homem pela beleza da música? E quem pode pôr em dúvida a origem divina de toda boa dádiva, e de todo dom perfeito?

Quem és tu, ó pastor evangélico, para discutires com Deus? Pode a coisa feita desafiar seu Criador, perguntando-lhe: “Por que me fizeste assim?” Ou terás a ousadia de reprovar o inventor da beleza, por ter criado homens que amam a música pela música, mesmo quando não tem uma razão bíblica para desfrutá-la? Acusarás a Deus de ser o tentador do homem?

Atribuirás a Satanás a arte de Mozart, de Wagner ou de Villa-Lobos? Consumados estes absurdos, que mais restará senão reprovar também a beleza das flores e o canto do sabiá? Por causa de Israel o nome de Deus foi blasfemado entre os gentios; mas por causa de ti a música cristã afunda nas trevas da feiúra estética.

Não me esqueço do dia em que um diácono da minha igreja – um homem grande, sério, que detestava livros mais do que qualquer coisa na vida – me chamou para uma conversa séria, “de homem pra homem”. Este diácono – não sei se no corpo ou fora do corpo, Deus o sabe – me aconselhou a desistir de ser músico profissional. “Porque” – dizia ele – “este meio artístico é muito sujo… Tem muita p., e um crente verdadeiro não se mete com p. Quando tem muita p. num lugar a gente tem que sair”. E, de fato, eu saí rapidamente de perto dele. Acho que em poucas ocasiões eu ouvi tantas vezes a palavra “p…”.

Os músicos cristãos precisam de libertação – não da música “do mundo”, mas da música “da igreja”. Precisam ser libertados do jugo dos pastores e dos crentes legalistas, que exigem qualidade nas noites de domingo, mas que proíbem estes músicos de se profissionalizarem, e fecham o mundo da música a uma ação cristã redentiva.
Guilherme de Carvalho, no blog Idéia fiksa

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O mundo pede soccorro parte 1

O ambientalista José Lutzenberger, figura de grande expressão no movimento ecológico brasileiro e internacional, aponta problemas cada vez mais atuais.
Neste trecho aponta para os absurdo da sociedade de consumo.

Incrivelmente esse documentário não é encontrado à venda!

O mundo pede soccorro parte 2

O ambientalista José Lutzenberger, figura de grande expressão no movimento ecológico brasileiro e internacional, aponta problemas cada vez mais atuais.
Neste trecho é citada a criação da AGAPAN e o problema dos carros na nossa sociedade.

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O mundo pede soccorro parte 3

Neste trecho fala sobre pobreza, as cidades e suas favelas.

O mundo pede soccorro parte 4

O ambientalista José Lutzenberger, figura de grande expressão no movimento ecológico brasileiro e internacional, aponta problemas cada vez mais atuais.
Fala no crescimento econômico e o mercado.

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terça-feira, 15 de junho de 2010

Quem vai dizer tchau?

Fica aí um alerta - "a gente não precebe o amor que se perde aos poucos sem virar carinho" e "Tornar o amor real é expulsá-lo de você pra que ele possa ser de alguém"

domingo, 6 de junho de 2010

O poeta


O poeta não despreza nenhum dos seus sentimentos, nem mesmo aqueles que nunca foram seus, e faz deles uma ferramenta com a qual constrói pontes que possibilitam o encontro "perfeito" entre a razão e a alma.

by jasieLCalixto

Identidade

A falta de identidade gera insegurança, a insegurança gera desconfiança e a desconfiança acaba com os relacionamentos.