domingo, 19 de dezembro de 2010

Salada faz bem pra quem?

menos carne no prato menos pastos, menos pastos mais árvores, mais árvores mais vida
by jasieLCalixto

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Filha da Razão


A fé é filha da razão. No entanto, ao se tornar adulta, precisa abandonar a própria mãe para alcançar o Absoluto.

Quem lê entenda


by jasieLCalixto

sábado, 4 de dezembro de 2010

Prescindir












as mensagens de domigo à noite tem sido um alimento pra reflexão e por que não também pra criar e inventar novas possibilidades. Tirei fotos do meu gato adotivo em cima da laje de casa e depois fiz uma montagem que resultou nessa brincadeira

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

to be alone with you - Sufjan Stevens cover by me

Conheci o Sufjan Stevens por acaso. Tinha uma pasta no meu computador com músicas de diversos artistas e dentre elas uma me chamou a atenção pelo timbre da voz e a forma de cantar. Ainda bem que tinha o nome do artista no arquivo de mp3. Pesquisei logo no youtube e fui surppreendido tanto por suas músicas quanto por sua história.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Não creio mais



na ignorância fabricada
na arrogância que segrega
na insensibilidade que me cega
no preconceito que me afasta
na rigidez que me quebra
na liberdade que não sabe amar
na lucidez que me engana o tempo todo
nas certezas que não sabem guiar
na manipulação indiscreta
nas palavras que não podem salvar
no medo que finge ser meu amigo
na solidão que não ensina
na vitória que nada constrói

não creio mais em tudo aquilo que pensei um dia ter sido
sem ter bebido da fonte de minhas próprias escolhas,
se é que um dia fui ensinado a escolher.

jasieLCalixto

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

E a alegria como vai?

Henri Nouwen diz que nossa concepção sobre a alegria é baseada no sucesso, no progresso e nas soluções fáceis para nossas mazelas e problemas. Volta e meia ouvimos na igreja que a alegria deve ser a marca distintiva do crente. Mas muitas vezes isso se torna algo do tipo “kit-viagem para o país das maravilhas com Alice e o coelhinho”, ou quem sabe não seria uma espécie de “selo de qualidade cristã”: se você tem, tudo bem, mas se não tem, algo deve estar errado com sua fé. Quantas vezes cheguei até a me culpar por ser induzido a pensar desse modo nada realístico com que a igreja trata de alegria e felicidade hoje, nada diferindo inclusive da alegria ópio que o mundo atual tem proposto, do sorriso estampado no rosto, pensamento positivo, muito dinheiro no bolso e “saúde pra dar e vender”.

Não preciso contra-argumentar muito pra dizer que isso, apesar de muito comum, é uma tola subversão do caminho de Jesus. Para Nouwen, o cristianismo de nossos tempos, hedonista, procura se desconectar completamente da realidade do sofrimento e da renúncia, ou mesmo da vida abnegada. É um cristianismo que busca vitórias sem esforços. Almejamos, de acordo com ele,

Crescimento sem crise, cura sem dores, ressurreição sem cruz. Não é de admirar que gostemos de assistir a desfiles militares e de aplaudir heróis que retornam, operadores de milagres e recordistas. Também não é de admirar que nossas comunidades pareçam organizadas para manter o sofrimento à distância. As pessoas são sepultadas de maneira a disfarçar a morte com eufemismos e ornamentação rebuscada (2002, p. 08).

Extraído de Novos Diálogos. Para ler o artigo todo click novosdiálogos

Aguavivamento

A água é fundamental para que haja vida.
O avivamento começa com um copo d'agua.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Espiritual é o Jardineiro



Espiritual é o jardineiro que planta o jardim, o pintor que pinta o quadro, o cozinheiro que faz a comida, o arquiteto que faz a casa, o casal que gera um filho, o poeta que escreve o poema, o marceneiro que faz a cadeira. A criatividade deseja tornar-se sensível. E quando isso acontece, eis a beleza! (Correio Popular, Caderno C, 10/09/2000)

texto "roubado" de artelirio click para conhcer esse blog. click artelirio

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

tears in heaven cifra e letra cover by me

Quero agradecer a participação do coral de grilos que me acompanhou nesse cover. impressionante como eles não desafinam e nem perdem o tom.
Quem vê deve pensar que eu moro no meio da selva. Tudo bem que meu cabelo tá meio welcome to the jungle rsrs...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

João e Maria Chico Buarque cover by me

Fiz essa música com novos arranjos pra homenagear meu tio calixto por meio de quem ouvi essa canção pela primeira vez aos 5 ou 6 anos e me impressionei com a frase "e o meu cavalo só falava inglês". Ficava imaginando a cena rsrs.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Autor da minha fé - Grupo Logos - by Jasiel e Pablo

e a única fé que importa é essa: aguardar a sua volta sem jamais olhar pra trás. Lembrando que o verbo aguardar tem um significado muito além do que propriamente diz.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Ao fim de tudo - Cidadão Quem - cover by me

Vale a pena conhecer mais sobre essa banda. CidadãoQuem. Letras muito boas. Hoje estou gripado e meio melancólico mas como tinha o dia livre não pude perder a chance mesmo gripado. Cover by me

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A minha luz até chegar em casa

Me lembro quando ouvi o Grupo Logos pela primeira vez. Confesso que não gostei. Com o passar do tempo a poesia de suas músicas tomou conta de mim e hoje posso dizer que são poucos os que fazem música com tamanha verdade e beleza.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Ganhei Coragem - Rubem Alves



"Mesmo o mais corajoso entre nós só raramente
tem coragem para aquilo que ele realmente conhece",
observou Nietzsche.
É o meu caso.
Muitos pensamentos meus, eu guardei em segredo.
Por medo.
Alberto Camus, leitor de Nietzsche, acrescentou um detalhe
acerca da hora em que a coragem chega:
"Só tardiamente ganhamos a coragem de assumir aquilo que sabemos".
Tardiamente.
Na velhice.
Como estou velho, ganhei coragem.

Vou dizer aquilo sobre o que me calei:
"O povo unido jamais será vencido", é disso que eu tenho medo.

Em tempos passados, invocava-se o nome de Deus
como fundamento da ordem política.
Mas Deus foi exilado e o "povo" tomou o seu lugar:

a democracia é o governo do povo.
Não sei se foi bom negócio;
o fato é que a vontade do povo, além de não ser confiável,
é de uma imensa mediocridade.
Basta ver os programas de TV que o povo prefere.

A Teologia da Libertação sacralizou o povo
como instrumento de libertação histórica.
Nada mais distante dos textos bíblicos.
Na Bíblia, o povo e Deus andam sempre em direções opostas.
Bastou que Moisés, líder, se distraísse na montanha
para que o povo, na planície,
se entregasse à adoração de um bezerro de ouro.
Voltando das alturas, Moisés ficou tão furioso
que quebrou as tábuas com os Dez Mandamentos.

E a história do profeta Oséias, homem apaixonado!
Seu coração se derretia ao contemplar o rosto da mulher que amava!
Mas ela tinha outras idéias.
Amava a prostituição.
Pulava de amante e amante enquanto o amor de Oséias
pulava de perdão a perdão.
Até que ela o abandonou.
Passado muito tempo, Oséias perambulava solitário
pelo mercado de escravos.
E o que foi que viu?
Viu a sua amada sendo vendida como escrava.
Oséias não teve dúvidas.
Comprou-a e disse:
"Agora você será minha para sempre.".
Pois o profeta transformou a sua desdita amorosa
numa parábola do amor de Deus.

Deus era o amante apaixonado.
O povo era a prostituta.
Ele amava a prostituta, mas sabia que ela não era confiável.
O povo preferia os falsos profetas aos verdadeiros,
porque os falsos profetas lhe contavam mentiras.
As mentiras são doces;
a verdade é amarga.

Os políticos romanos sabiam que o povo se enrola
com pão e circo.
No tempo dos romanos, o circo eram os cristãos
sendo devorados pelos leões.
E como o povo gostava de ver o sangue e ouvir os gritos!
As coisas mudaram.
Os cristãos, de comida para os leões,
se transformaram em donos do circo.

O circo falso-cristão era diferente:
judeus, bruxas e hereges sendo queimados em praças públicas.
As praças ficavam apinhadas com o povo em festa,
se alegrando com o cheiro de churrasco e os gritos.
Reinhold Niebuhr, teólogo moral protestante, no seu livro
"O Homem Moral e a Sociedade Imoral"
observa que os indivíduos, isolados, têm consciência.
São seres morais.
Sentem-se "responsáveis" por aquilo que fazem.
Mas quando passam a pertencer a um grupo,
a razão é silenciada pelas emoções coletivas.

Indivíduos que, isoladamente,
são incapazes de fazer mal a uma borboleta,
se incorporados a um grupo tornam-se capazes
dos atos mais cruéis.
Participam de linchamentos,
são capazes de pôr fogo num índio adormecido
e de jogar uma bomba no meio da torcida do time rival.
Indivíduos são seres morais.
Mas o povo não é moral.
O povo é uma prostituta que se vende a preço - e muito baixo.

Seria maravilhoso se o povo agisse de forma racional,
segundo a verdade e segundo os interesses da coletividade.
É sobre esse pressuposto que se constrói a democracia.

Mas uma das características do povo
é a facilidade com que ele é enganado.
O povo é movido pelo poder das imagens
e não pelo poder da razão.
Quem decide as eleições e a democracia são os produtores de imagens.
Os votos, nas eleições, dizem quem é o artista
que produz as imagens mais sedutoras.
O povo não pensa.
Somente os indivíduos pensam.
Mas o povo detesta os indivíduos que se recusam
a ser assimilados à coletividade.
Uma coisa é a massa de manobra sobre a qual os espertos trabalham.

Nem Freud, nem Nietzsche e nem Jesus Cristo confiavam no povo.
Jesus foi crucificado pelo voto popular, que elegeu Barrabás para ser solto ao invés de Jesus.
Durante a revolução cultural, na China de Mao-Tse-Tung,
o povo queimava violinos em nome da verdade proletária.
Não sei que outras coisas o povo é capaz de queimar.

O nazismo era um movimento popular.
O povo alemão amava o Führer.

O povo, unido, jamais será vencido!

Tenho vários gostos que não são populares.
Alguns já me acusaram de gostos aristocráticos.
Mas, que posso fazer?
Gosto de Bach, de Brahms, de Fernando Pessoa,
de Saramago, de silêncio;
não gosto de churrasco, não gosto de rock,
não gosto de música sertaneja,
não gosto de futebol.
Tenho medo de que, num eventual triunfo do gosto do povo,
eu venha a ser obrigado a queimar os meus gostos
e a engolir sapos e a brincar de "boca-de-forno",
à semelhança do que aconteceu na China.

De vez em quando, raramente, o povo fica bonito.
Mas, para que esse acontecimento raro aconteça,
é preciso que um poeta entoe uma canção e o povo escute:
"Caminhando e cantando e seguindo a canção.",
Isso é tarefa para os artistas e educadores.
O povo que amo não é uma realidade, é uma esperança.

Rubem Alves

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O PT e a Torre de Babel



Primeiramente quero deixar claro que não tenho a intenção de defender nem um nem outro partido. A idéia é simplesmente fazer reflexões a respeito do que está acontecendo e do que poderá acontecer no meio político. Em segundo lugar é tentar fazer uma previsão de suas futuras ações. No mínimo isso é tarefa de qualquer cidadão. A moeda tem sempre dois lados visto que há uma desigualdade social e a mais forte se alimenta da mais fraca e sendo assim qualquer governo ira agradar a uns e desagradar a outros. A quem agradar, a quem beneficiar? A guerra traz destruição de um lado enquanto beneficia quem fabrica armas. Infelizmente é assim que funciona.

Me lembro bem do que aconteceu no governo do FHC e não tenho saudades. Tirando o plano real, que estabilizou nossa moeda frente ao dólar, não me lembro de nenhum outro benefício oferecido às classes menos favorecidas. Já no governo Lula por ser atual, conseguimos enxergar com mais nitidez os avanços que o Brasil fez nesses últimos oito anos e posso afirmar que as conquistas pro povo foram grandes.

Os grandes pensadores, os filósofos já diziam que não é pelo fato de estarmos acostumados com o nascer do sol todos os dias que podemos afirmar com certeza que ele nascerá no dia seguinte. Não é possível dizer que o Serra fará o mesmo que o FHC fez e nem que a Dilma vai dar continuidade ao que o Lula já fez. É bem provável que sim, mas uma coisa me intriga nessa história. De acordo com o Google dictionary (rs) o verbo cevar quer dizer tornar gordo, nutrir e me remete ao processo de alimentar os peixes num determinar lugar do rio, onde se joga comida com uma certa regularidade a fim de fazer o peixe se acostumar ali pra depois ser fisgado pelo anzol. O povo tem sido alimentado. Mais gente comprando carro zero (bom), casa própria (ótimo), indo pra classe média (o ideal seria não existir mais classes certo?) e por aí vai.


Me vejo sem saída e com um certo receio do que poderá acontecer com o futuro dos brasileiros que na maioria das vezes agem como peixes. Estamos órfãos politicamente falando. Detesto o jogo feito pela maioria deles. O que interessa são os votos, que os farão detentores do poder, e não o povo em si. A politicagem propagandista é altruísta demais, a cara é boazinha demais, a maquiagem é gritante. Eles poderiam pelo menos assumir alguns erros que cometeram isso é no mínimo humano. Pessoas que assumem seus erros passam mais confiança do que quem diz que nunca errou. Já viu algum político dizer: “... é verdade, eu errei quando privatizei...”

Os próximos quatro anos nas mãos do PT podem ser fantásticos, mas por outro lado podem ser os piores da história política no Brasil. O PT diz que terá a maioria das cadeiras no congresso e que por isso conseguirá aprovar todas as leis que criarem em benefício do povo ou todas as leis que eles quiserem aprovar beneficiando a si mesmos, inclusive a de calar e punir a imprensa que insiste em mostrar o lixo embaixo do tapete. Hoje o Lula sorri pro repórter do CQC amanhã poderá jogá-lo na cadeia.

A bíblia nos conta uma história sobre a torre de Babel em que as pessoas falavam a mesma língua e tinham a intenção de construir uma torre pra alcançar o céu. A torre era uma afronta a Deus que chegou a dizer que por eles falarem a mesma língua nada lhes seria impossível e conta a história que as línguas foram divididas e já não podiam compreender uns aos outros. Por fim o plano foi desfeito. Alguém disse “toda unanimidade é burra” e outro sem pensar tanto afirmou “a voz do povo é a voz de Deus”.

Ouço as pessoas dizendo que Deus está no controle e que vencerá aquele que Deus permitir. Sim o que Deus permitir, não necessariamente o que Deus desejar. O povo de Israel pediu um rei sobre eles e o rei Saul foi o escolhido. Quem conhece a história sabe como foi o reinado dele.

jasieLCalixto

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Vida de Gado



Nessa luta pelo poder político se torna difícil saber realmente quem é quem. São tantas as máscaras... e os golpes...
Você se lembra daquelas lutas americanas de vale tudo, antigamente exibidas na tv, onde os golpes eram teatralmente ensaiados e cabulosos? onde ninguém se machucava? pois é meu povo... a luta política está me parecendo a mesma coisa, o mesmo teatro, sendo que a única diferença é que o povo sempre sai machucado nessa história.

ÊhêhOh, vida de gado. povo marcado êh, povo feliz. heheh...

vou fazer um cover dessa música. O momento é muito propício.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

VERaCIDADE - Exposição Fotográfica

Exposição Fotográfica de um amigo. Conheça o seu Blog


Estão todos convidados.
Quinta feira, dia 07 de outubro no Palácio da Cultura. Praça Universitária.
A exposição ficará aberta até o dia 01 de novembro.
Para quem já prestigiou outras exposições, apresento 10 novas fotos.
Compareçam.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Caio Fábio aos "cantores gospel" parte 1

Caio Fabio assusta muita gente por aí. Você pode até discordar de algumas de suas ações e posicionamentos mas é difícil discordar de todas as coisas que ele diz. Retenha o que for bom e há muita coisa boa nesse vídeo.

parte 2
parte 3

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

sufjan stevens - ring them bells

Música de Bob Dylan interpretada por Sufjan Stevens. Um músico que se propõe a ser no mínimo original ao expressar sua música.


Ring them bells, ye heathen
From the city that dreams,
Ring them bells from the sanctuaries
Cross the valleys and streams,
For they're deep and they're wide
And the world's on its side
And time is running backwards
And so is the bride.

Ring them bells St. Peter
Where the four winds blow,
Ring them bells with an iron hand
So the people will know.
Oh it's rush hour now
On the wheel and the plow
And the sun is going down
Upon the sacred cow.

Ring them bells Sweet Martha,
For the poor man's son,
Ring them bells so the world will know
That God is one.
Oh the shepherd is asleep
Where the willows weep
And the mountains are filled
With lost sheep.

Ring them bells for the blind and the deaf,
Ring them bells for all of us who are left,
Ring them bells for the chosen few
Who will judge the many when the game is through.
Ring them bells, for the time that flies,
For the child that cries
When innocence dies.

Ring them bells St. Catherine
From the top of the room,
Ring them from the fortress
For the lilies that bloom.
Oh the lines are long
And the fighting is strong
And they're breaking down the distance
Between right and wrong.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Fragmentos de Pessoa I

E é sempre melhor o impreciso que embala
Do que o certo que basta,
Porque o que basta acaba onde basta,
E onde acaba não basta,
E nada que se pareça com isto devia ser
O sentido da vida...

trecho de A Casa Branca Nau Preta - Fernando Pessoa

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

moses robot

Paul Walsh é um artista da Nova zelândia com um estilo bem interessante e criativo. Se quiser conhecer mais click aqui

sábado, 4 de setembro de 2010

des - graça - da

A vida sem Cristo é uma piada sem graça.
A vida nas garras de uma religião
É uma piada des - graça - da

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Superfantástico cober by me + letra e cifra

Se você é como eu, cresceu e não envelheceu, até por que só fica velho quem quer, essa música é pra você. Com o passar do tempo nos tornamos apenas mais responsáveis (pelo menos deveríamos rs) e experientes mas a criança dentro de cada um precisa respirar pra que a gente viva verdadeiramente.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A (des)categorização dos estilos musicais

por Nivea Lazaro. Nivea Lazaro é mestre em Ciência da Arte pela UFF com pesquisa nas áreas de Etnomusicologia, Música e Antropologia. É professora de inglês e português. Atualmente, está desenvolvendo projetos culturais e gosta muito de desbravar esse vasto Brasil que Deus criou.

Antes de qualquer coisa, preciso avisar: minhas incursões em Etnomusicologia levam-me a pensar que a música não pode ser dissociada de sua função social. Sim. Há uma música para casamento, uma música para sala de concertos, outra para arenas e palcos. Ou ninguém nunca se perguntou como seria ouvir Beethoven em um intervalo de jogo do Flamengo X Vasco no Maracanã? Ou como seria ouvir forró eletrônico em uma cerimônia de casamento? Ok. Exemplos extremos, mas apontam para nossa relação cultural com a música.

Outro ponto importante: se, através da música se traduzem hábitos, costumes e fazeres de uma dada comunidade, toda música, como colocou o etnomusicólogo John Blacking, é “música folclórica”. Toda música revela em si uma transcrição etnográfica. E mais: cada obra, cada peça é uma síntese do que o seu autor entende por seu espaço e tempo presente (seja esse tempo cronológico ou não), por extensão, uma síntese deste mesmo espaço e tempo.

Em cada movimento musical, a quebra de paradigmas, o conceito de rompimento, de revolução se realiza na medida em que este movimento se aproxima ou se distancia de um fazer cultural. Usar uma guitarra elétrica em um festival de música “country” nos Estados Unidos onde, até então, só se usavam violões é quebrar um paradigma. Queimar guitarras, destruir equipamentos quando ninguém havia feito o mesmo é quebrar paradigmas. Assim como é também compor “loas para o justo” (loas = louvor) e falar do Deus cristão e a relação do homem do campo com este mesmo Deus para um público diverso e não necessariamente cristão é quebrar paradigmas.

Curiosamente, o último exemplo acima não é de nenhum músico/ compositor “gospel”. Tampouco de alguém que toque em rádios (de qualquer segmentação). O exemplo acima vem de um compositor brasileiro, do interior da Bahia, que tanto se distancia do “axé music” quanto um peixe se distancia da... Terra.

Pode-se colocar a questão desta forma: o que legitima um estilo musical (como o conhece seus ouvintes) não está nos fatores intrínsecos à estrutura de uma determinada obra, mas são, antes, contribuições culturais de uma sociedade. Dentro desta perspectiva, compreende-se porque as obras do compositor mencionado anteriormente – também autor de uma antífona chamada “Ecos de uma estrofe de Habacuque” (e tantas outras peças que versam sobre Deus) – são geralmente classificadas como “música regional”, mas não cabem sob o rótulo de “gospel” (“Habacuque”, aliás, é um nome que, em si, não soa muito “gospel” mesmo).

Contudo, somos seres que necessitam da finitude veiculada pela categorização. É a categorização que nos facilita a percepção, o reconhecimento de dadas formas e, portanto, a ampliação dos nossos conhecimentos. Temos a possibilidade de criar e ressignificar categorias. Poderíamos, por exemplo, compreender uma “música regional” como uma música produzida na região sudeste. E por que não o fazemos? Novamente, nos deparamos com o dilema: o que vem primeiro? A categorização ou a reafirmação de tais rótulos?

Penso que a saída possível para tal dilema seja exatamente cumprir o que fomos chamados a cumprir: quebrar paradigmas. Ressignificar categorias, se necessário. Categorizá-las, mas à luz da referência maior que são as Escrituras. Como foi tão bem colocado por Marcos Monteiro (neste mesmo sítio: “A cultura como o lugar de celebração da alteridade: um desafio ético”), teologia e cultura são duas realidades que dialogam entre si e, música, portanto, é também uma expressão de realidade que precisa ser vista sob os auspícios dos valores de Cristo.

*Contribuiram para esta reflexão o artigo de Marcos Monteiro e de Daniel Guanaes neste mesmo site, toda a obra do mestre Elomar Figueira Mello, tema da minha dissertação e, claro, o discurso antológico (e magnífico) de Paulo em Atenas (Atos: 17).

valiosos tempos maduros

Pesquei esse texto no Blog do meu amigo Sergio A. Moura

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente
do que já vivi até agora.

Tenho muito mais passado do que futuro.

Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.

Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.

Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram,
cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para conversas intermináveis,
para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas,
que apesar da idade cronológica, são imaturos.

Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral.

’As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos’.

Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa…

Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade...

Só há que caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.

O essencial faz a vida valer a pena. E para mim, basta o essencial!


Mário de Andrade

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Jazon Mraz - God rests in reason



"you were born together
and together ye shall be forever
until death should scatter
it wouldn't matter in the memory of God above
let the wind of heaven dance between you too
allow the space and time to bring you closer to everlasting love
cause God moves
what do you do
God moves through you

when love beckons
his ways are often hard and steep
when his wings unfold
ye yield to all he speaks
the soul it might be hidden there among his pinions
oh you may wear a wound that truly spoke to you
believe in all that voice and follow through
follow so on and on

what do you do when God moves through you
what do you do
say i do
i do

just remember love possesses nothing
nor would it ever be possessed
oh love is love sufficient unto love
and you can figure out the rest

your children will not be your children
they are the daughters and the son of a beginning
they'll come through your womb but not be coming from you
they will be with you but do not belong to you
you may give them your love but not your thoughts
then they'll arrive with their own hearts
they're the coming of angels this blessed season
and then they'll sing oh how God rests in reason
God rests in reason

so what do you do
ooh when God moves through you
what do you do
say i do
i do

think not you can direct the course of
love itself directs the course allowed
believe not God is in your heart, child
but rather you're in the heart of God

what do you do
say i do
i do
i do

think not you can direct the course of
love itselfs directs the course allowed
believe not God is in your heart, child
but rather you're in the heart of God

what do you do
ooh when God moves through you
remember God rests in reason
say i do
i do"

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Saúde Mental - Rubem Alves

por favor, leia esse texto. se não tiver tempo agora volte depois ou salve-o em sua máquina.

Fui convidado a fazer uma preleção sobre saúde mental. Os que me convidaram supuseram que eu, na qualidade de psicanalista, deveria ser um especialista no assunto. E eu também pensei. Tanto que aceitei. Mas foi só parar para pensar para me arrepender. Percebi que nada sabia. Eu me explico.


Comecei o meu pensamento fazendo uma lista das pessoas que, do meu ponto de vista, tiveram uma vida mental rica e excitante, pessoas cujos livros e obras são alimento para a minha alma. Nietzsche, Fernando Pessoa, Van Gogh, Wittgenstein, Cecília Meireles, Maiakovski. E logo me assustei. Nietzsche ficou louco. Fernando Pessoa era dado à bebida. Van Gogh matou-se. Wittgenstein alegrou-se ao saber que iria morrer em breve: não suportava mais viver com tanta angústia. Cecília Meireles sofria de uma suave depressão crônica. Maiakoviski suicidou-se.


Essas eram pessoas lúcidas e profundas que continuarão a ser pão para os vivos muito depois de nós termos sido completamente esquecidos. Mas será que tinham saúde mental? Saúde mental, essa condição em que as idéias comportam-se bem, sempre iguais, previsíveis, sem surpresas, obedientes ao comando do dever, todas as coisas nos seus lugares, como soldados em ordem unida, jamais permitindo que o corpo falte ao trabalho, ou que faça algo inesperado; nem é preciso dar uma volta ao mundo num barco a vela, bastar fazer o que fez a Shirley Valentine (se ainda não viu, veja o filme) ou ter um amor proibido ou, mais perigoso que tudo isso, a coragem de pensar o que nunca pensou.


Pensar é uma coisa muito perigosa... Não, saúde mental elas não tinham. Eram lúcidas demais para isso. Elas sabiam que o mundo é controlado pelos loucos e idosos de gravata. Sendo donos do poder, os loucos passam a ser os protótipos da saúde mental. Claro que nenhum dos nomes que citei sobreviveria aos testes psicológicos a que teria de se submeter se fosse pedir emprego numa empresa. Por outro lado, nunca ouvi falar de político que tivesse estresse ou depressão. Andam sempre fortes em passarelas pelas ruas da cidade, distribuindo sorrisos e certezas.


Sinto que meus pensamentos podem parecer pensamentos de louco e por isso apresso-me aos devidos esclarecimentos. Nós somos muito parecidos com computadores. O funcionamento dos computadores, como todo mundo sabe, requer a interação de duas partes. Uma delas chama-se hardware, literalmente "equipamento duro", e a outra denomina-se software, "equipamento macio". O hardware é constituído por todas as coisas sólidas com que o aparelho é feito.

O software é constituído por entidades "espirituais" - símbolos que formam os programas e são gravados nos disquetes.

Nós também temos um hardware e um software. O hardware são os nervos do cérebro, os neurônios, tudo aquilo que compõe o sistema nervoso. O software é constituído por uma série de programas que ficam gravados na memória. Do mesmo jeito como nos computadores, o que fica na memória são símbolos, entidades levíssimas, dir-se-ia mesmo "espirituais", sendo que o programa mais importante é a linguagem.

Um computador pode enlouquecer por defeitos no hardware ou por defeitos no software. Nós também. Quando o nosso hardware fica louco há que se chamar psiquiatras e neurologistas, que virão com suas poções químicas e bisturis consertar o que se estragou. Quando o problema está no software, entretanto, poções e bisturis não funcionam. Não se conserta um programa com chave de fenda. Porque o software é feito de símbolos, somente símbolos podem entrar dentro dele.

Assim, para se lidar com o software há que se fazer uso dos símbolos. Por isso, quem trata das perturbações do software humano nunca se vale de recursos físicos para tal. Suas ferramentas são palavras, e eles podem ser poetas, humoristas, palhaços, escritores, gurus, amigos e até mesmo psicanalistas.

Acontece, entretanto, que esse computador que é o corpo humano tem uma peculiaridade que o diferencia dos outros: o seu hardware, o corpo, é sensível às coisas que o seu software produz. Pois não é isso que acontece conosco? Ouvimos uma música e choramos. Lemos os poemas eróticos de Drummond e o corpo fica excitado. Imagine um aparelho de som. Imagine que o toca-discos e os acessórios, o hardware, tenham a capacidade de ouvir a música que ele toca e se comover. Imagine mais, que a beleza é tão grande que o hardware não a comporta e se arrebenta de emoção! Pois foi isso que aconteceu com aquelas pessoas que citei no princípio: a música que saía de seu software era tão bonita que seu hardware não suportou.

Dados esses pressupostos teóricos, estamos agora em condições de oferecer uma receita que garantirá, àqueles que a seguirem à risca, saúde mental até o fim dos seus dias. Opte por um software modesto. Evite as coisas belas e comoventes. A beleza é perigosa para o hardware. Cuidado com a música. Brahms e Mahler são especialmente contra-indicados. Já o rock pode ser tomado à vontade.

Quanto às leituras, evite aquelas que fazem pensar. Há uma vasta literatura especializada em impedir o pensamento. Se há livros do doutor Lair Ribeiro, por que se arriscar a ler Saramago? Os jornais têm o mesmo efeito. Devem ser lidos diariamente. Como eles publicam diariamente sempre a mesma coisa com nomes e caras diferentes, fica garantido que o nosso software pensará sempre coisas iguais. E, aos domingos, não se esqueça do Silvio Santos e do Gugu Liberato.

Seguindo essa receita você terá uma vida tranqüila, embora banal. Mas como você cultivou a insensibilidade, você não perceberá o quão banal ela é. E, em vez de ter o fim que tiveram as pessoas que mencionei, você se aposentará para, então, realizar os seus sonhos. Infelizmente, entretanto, quando chegar tal momento, você já terá se esquecido de como eles eram.

domingo, 15 de agosto de 2010

documentário - vida sobre rodas



"preso à canções, entregue a paixões que nunca tiveram fim" Milton Nascimento - o skate é uma dessas paixões intermináveis.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O sabor e o saber





Eu não quero a lógica das palavras
Eu quero o sabor
A palavra tem mais sentido se for sentida
Na pele, no corpo, nas víceras, nos ossos.
No olhar, no abraço, na carne.
No cansaço.... sim, no cansaço de ter se envolvido
A mente não vai muito longe sozinha
Se perde na ilusão de um dia ter sabido
Jamais saberá o bastante
A alma leva consigo as marcas significativas
De um dia ter vivido, ter sentido para si mesma e para o outro
Por isso é que eu não quero amar a sabedoria apenas;
Quero o sabor das poesias.
Se a poesia não me quiser?
Pelo menos a terei desfrutado
Ainda que de longe

jasieLCalixto

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Leve and leave


click na foto para ampliá-la


Se a mente está leve posso ir a qualquer lugar. Posso criar, sonhar, sentir, partir e descobrir que cada instante é na verdade aquilo que temos de mais importante. Não desmerecendo o que ainda não veio a ser, mas sabendo que o que será dependente do que já é.

jasieLCalixto

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Perseverar é preciso, cair e levantar também!

Video que fiz de um garoto que conheci na nova pista (e que senhora pista) de Anápolis no dia 28/07/2010. Além de perseverar, o garoto sabe cair e se levantar rapidinho pra próxima tentativa. Custou mas a manobra saiu.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Falando nisso...

Falo do que não acredito como se acreditasse
Falo do que não sinto como se sentisse
Falo do que não ouço como se ouvisse
Falo do que não vejo como se visse
Sinto o que não toco como se tocasse
Falo de mim como se soubesse
Agora, quase que precisamente as 17:53,
O dia se esvai pelo canto da parede e
O amanhã que se aproxima, quando for, já tera ido e não será mais
Assim como aquele que vos escreve estas palavras


Jasiel calixto

Cifra e letra - Gente ( cover by me )

Música de Raul Seixas. Um cara consumido por sua própria loucura. Sejamos loucos sim, porém sóbrios e que se formos nos embriagar, que seja de sabedoria e de amor pela vida!! No entanto essa música diz muito sobre a loucura de cada um de nós.

domingo, 25 de julho de 2010

re-postando - umA imageM em açãO



21/12/2009

Sou tranquilo mas a tranquilidade me inquieta
O que fazer?
Quais ferramentas usar senão aquelas produzidas pela própria imaginação?
Sou uma imagem em ação
E como imaginar se a leitura não me quer?
O que fazer se não me sobra tempo?
O tempo se afogou na enxurrada que passou pela minha calçada, pelo meu chão
Não sobrou nada. Nem um grão de areia sequer
Sem imaginação qualquer tecnologia perde a razão de ser
Na verdade o segundo existe por causa do primeiro
Logia, know how,infrutífera , sem gosto
Se não sinto o sabor das palavras de que adianta saber?
É como acumular idéias, pensamentos, conhecimento
E não usá-los, não degustá-los, não saboreá-los
Não conseguimos saborear a vida porque ela está acelerada
Ser moderno é ser fast
Esse Fast tão cruel que nos consome lentamente sem que percebamos
Afinal de contas não temos tempo
Sou assim, algo que estou por descobrir de mim
E do mundo

Jasiel Calixto

quarta-feira, 21 de julho de 2010

eliza samudio x FLAMENGO

Sem Deus tudo seria permitido - Dostoiévski

Como o título deste texto sugere, Eliza com "e" minúsculo foi o que pude perceber na entrevista feita com a diretora do Flamengo Patricia Amorim, concedida ao Globo Esporte no dia 17 de julho, sobre o caso Bruno.

Fiquei assombrosamente espantado(??) ao vê-la declarando seu amor pelo clube quase aos prantos e profundamente comovida por ver seu filhinho ( o flamengo ) sendo atingido dessa maneira(afinal ele não perdeu a vida mas perdeu alguns milhões). Ela poderia ao menos oferecer algumas palavrinhas de apoio à familia da Elisa antes de sair defendendo seu filho que ainda está "vivo". E se esse filhinho fosse assassinado da maneira brutal, como tudo indica, foi a filha de uma familia até então anônima? Não seria possível pois o flamengo não é de carne e osso. Ele até se utiliza do sangue, da carne e dos ossos de alguém pra se manter, pra existir, mas ele vencendo ou perdendo, até mesmo deixando de existir enquanto clube, continuará sempre na mente e no coração de algumas pessoas.

Infelizmente somos assim - ainda amamos as coisas e usamos as pessoas.



Para pensar: o ser humano é que faz de nós tão cruéis. Ja pensou se o cachorro do meu vizinho matasse a minha cadela apenas por ter tido dez cachorrinhos com ela e por ter medo de se endividar por causa de uma pensão, ter que dividir sua ração? Bem, é mais difícil dizer onde come um comem dez, né não?

segue a entrevista ( com direito a fundo musical hollywoodiano )

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Por enquanto (cover by me)

Particularmente eu nunca achei a vida do Renato Russo interessante, um exeplo a ser seguido mas de sua musicalidade não posso me queixar. Ainda bem que as estações mudam. E todas elas tem o seu valor, a sua importância.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

quinta-feira, 15 de julho de 2010

sua luz, minha paz



Eu sei que esse amor é maior do que eu possa pensar ou sentir
Que a vida é muito mais do que tudo que já vivi
É bem maior, é bem melhor do que tudo

Se a noite me diz que o dia não vai mais chegar
E a luz que existia agora não quer mais brilhar
Eu encontrei um caminho melhor do que tudo
Do que todos

No Senhor eu posso sonhar
No Senhor eu sei aonde vou chegar
Sua palavra me conduz
A sua luz
A minha paz

Se a vida quiser me levar pra longe de Ti
O seu amor é bem melhor
Do que viver, do que nascer
Do que aceitar uma ilusão

terça-feira, 13 de julho de 2010

terça-feira, 6 de julho de 2010

Marco Aurélio - uma só vida

FORÇA-TE, força-te à vontade e violenta-te, alma minha; mais tarde, porém, já não terás tempo para te assumires e respeitares. Porque de uma vida apenas, uma única, dispõe o homem. E se para ti esta já quase se esgotou, nela não soubeste ter por ti respeito, tendo agido como se a tua felicidade fosse a dos outros... Aqueles, porém, que não atendem com atenção aos impulsos da própria alma são necessariamente infelizes.

Marco Aurélio, citado em Trem Noturno para Lisboa, Pascal Mercier, Editora Record, p. 37

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Minha pretensão

Não tenho a pretensão de, com a minha música, te fazer sorrir ou chorar. Ficarei feliz se pelo menos eu conseguir te fazer sentir e que o sentimento, qualquer que seja ele, te traga de novo à vida.

Jasiel Calixto
25/06/2010

Ricardo Gondim

Vale a pena o clique e conferir seus artigos e suas poesias. Alimento puro!!

A estrada menos trilhada

trecho do artigo de Ricardo Gondim. Para ler o artigo todo clik aqui

Amigo, entendamos: o caminho mais usado não leva a lugar nenhum porque termina no inferno da perfeição. Perfeição que cobra dos humanos um padrão que só os deuses mitológicos alcançam. Fuja dessa armadilha que não só fatiga como destrói com o ácido chamado ansiedade.

Portanto, não se sinta diminuído pelo anonimato. Nunca pense que jogou a vida fora por não ter alcançado as luzes da ribalta. Jamais inveje os que gravaram o nome na calçada da fama. Tudo vira pó. A glória humana se dispersa em nada. Dedique-se a construir relacionamentos significativos. Priorize os encontros despretensiosos. Doe-se sem esperar recompensa humana.

Escolha abrir sua própria picada. Evite bitolas, cabrestos, vendas, algemas. Escreva a sua história sem se preocupar se alguém vai considerá-la digna de ser publicada. Só você conhece o valor de seus momentos. Um dia, com um suspiro, você também verá que duas estradas bifurcaram e valeu ter viajado pela menos preferida.

Abraços,

Ricardo
Soli Deo Gloria
16-06-10

Dores e dores por Ricado Gondim

Ricardo Gondim

Algumas dores são localizadas. Outras se disseminam; tudo dói. Explico melhor. Algumas feridas só machucam no local; uma queimadura, um espinho, uma contusão, indicam exatamente o lugar e o tipo de dor. Mas há sofrimentos que se alastram de tal maneira que se perde inclusive a origem da ferida. Basta apertar onde foi machucado e sensações desagradáveis se espalham como ondas. A dor fica sistêmica. Mas isso vale não só para o físico. Há feridas da alma que são septicêmicas.

As feridas narcísicas, por exemplo, não machucam apenas em um determinado ponto. Elas se transformam em agonias integrais. Feridas narcísicas são as que vêem da infância ou quando o esforço de firmar a identidade foi frustrado. E sempre que alguém toca nessas ulcerações da alma, tudo sofre.

Por isso, sejamos sempre cuidadosos com os juízos. Podemos lacerar uma pessoa por inteiro. Os juízos são sempre temerários. Quanto menos conhecemos uma pessoa, mais rápidas as sentenças. Caso tivéssemos acesso aos dilemas mais íntimos, às disfuncionalidades familiares mais antigas, talvez usássemos de mais misericórdia quando condenamos.

O rei Davi optou ser julgado por Deus e não pelos homens porque sabia que Deus conhece os porões subjetivos do espírito, as hesitações da alma e os medos do coração. E os homens concluem com vereditos precipitados; com análises superficiais.

Zidane, o jogador de futebol francês, perdeu a distinção porque um adversário fez algum comentário danoso sobre sua mãe e irmã. Cutucado na ferida narcísica, todo o homem reagiu. Cristo advertiu àqueles que desprezam essas sensibilidades e partem para chamar o próximo de “raca”, que significa louco. Eles são dignos do inferno.

Já constatei o estrago que uma palavra mal dada produz, pois tratei de pessoas destruídas pela dor narcísica. Não existem xingamentos ingênuos, tudo o que se fala não produzi efeitos momentâneos, mas consequências boas ou arrasadoras na autoestima de alguém. Em minha breve existência, cuidei de mulheres destruídas por comentários levianos. Conheci homens boicotados de se tornarem tudo o que podiam porque alguém, que conhecia suas feridas narcísicas, alfinetaram onde mais doía. Para destruir uma pessoa, basta lembrar malfeitos, vergonhas públicas, deficiências físicas, inadequações familiares. A música interpretada por Ana Carolina carrega uma sensibilidade especial. Ela fala de um “vendedor de flores que ensina seus filhos a escolher seus amores”. Quanta ternura! O mundo seria diferente se lidássemos com o próximo com a delicadeza de quem mexe com pétalas de rosa.



Educação, finesse e sensibilidade não vêem de berço. São construções que demoram às vezes a vida toda. Nesta geração individualista, em que as pessoas mal se preocupam com a felicidade alheia, já faltam espaços para cuidar de tantos que pedem ajuda para dores que nem eles mesmos conseguem expressar.

Zelemos com um guarda nos lábios para que nossas palavras produzam vida, nunca morte.

A redenção das sete artes: música



Parece que a partitura da consciência artística dos cristãos, que estava em branco faz muito tempo -- sem nenhuma referência a Cage -- começa a ganhar alguns rabiscos, ainda que sejam pausas.

Debater sobre artes no meio cristão não é tarefa simples, nem mesmo para os melhores artistas, ou melhor, principalmente para eles. Sempre em tema dissonante, a música tem passado por um período de deserto na consciência cristã, especialmente com a dicotomia criada entre sagrado e secular.

Falar sobre a redenção da música cria em nossa imaginação as mais diversas impressões. Se falamos em redenção é porque entendemos que toda a natureza é caída e que, consequentemente, essa queda chegou ao mundo sonoro ou a nossa percepção do mesmo.

Porém, falar em redenção gera em nós a ilusão de que é possível chegar em algo que seja certo, um padrão. E, tratando-se de música, a ideia de que chegaríamos a um padrão estético referente e ideal. Alguns cristãos começam a levantar os braços com a possibilidade de serem os artistas cristãos que possuem a música ou o CD mais redimido. Isso pode gerar confusão, ou melhor, mais confusão. Mas isso não traria nenhuma novidade à mentalidade artística da igreja atual. Outros já começam a pensar nos morros do Rio de Janeiro ouvindo e tocando Bach diariamente, já que a música redimida seria aquela “mais pura”. E continuaremos dando ouvidos a nossa visão eurocêntrica ou estrangeira do mundo.

Começar a falar sobre redenção na música exige corações redimidos, que entendem que Cristo veio para nos dar vida, para fazer com que nós, sua criação humana, voltemos a viver hoje parte daquele projeto original que ele viu e disse que era “muito bom!”. Música, antes de tudo, tem a ver com a vida, com vivê-la e experimentá-la em toda a sua potencialidade. Música tem a ver com o ser ser humano.

A redenção deve começar, antes de tudo, em nossas mentes encarceradas, no revisar do nosso olhar sobre o mundo e sobre o homem, em nossos conceitos sobre adoração e sobre vida. Caso contrário, nossa música continuará abafando a voz do oprimido que escancara na arte sua condição de perdido ou passando a ideia arrogante de que apenas cristãos transpiram a soberana arte divina.

Isso faz-nos pensar em algo que é realmente relevante: uma música nasce com a combinação de muitos elementos e todos precisam trabalhar em prol do outro. Nesse processo, as pausas são fundamentais. Não chegaremos a lugar nenhum sem diálogo, respeito, crítica e diversidade.

Que nossas melodias, sobrepostas às de Schaeffer, Card, Tillich, se tornem agradável harmonia aos ouvidos do Senhor.

Que possamos desfrutar e produzir arte, celebrando a vida -- graça concedida a todos os homens.


terça-feira, 22 de junho de 2010

Música? que música?

Deixa ir os meus Músicos!

Por leone em 26 janeiro 2008 na categoria Música

Uma das maiores necessidades da igreja brasileira hoje é a de música cristã profana. Precisamos de música cristã que não fale de Deus. Não que falar de Deus não seja importante; mas às vezes tenho a impressão de que falamos demais de Deus, quase a ponto de tomar seu nome em vão. Falamos tanto porque estamos preocupados com a sua ausência; será que falamos para ocultar a sua ausência?

Falar de Deus é essencial: “como crerão, se não ouvirem?”. Tão importante quanto falar sobre Deus, no entanto, é falar a partir de Deus; e quando falamos a partir de Deus, não precisamos, necessariamente, usar o nome de Deus – o livro de Ester conta uma belíssima história sem usar o nome de Deus nem uma única vez, e essa história se tornou parte do cânon judaico-cristão, como narrativa divinamente inspirada.

A questão, pois, é se temos a graça de contar a história do modo correto, de narrar a vida sob a luz do evangelho. Precisamos de música que não fale de Deus, mas que fale a respeito da vida, das flores, do amor, da política, e das crianças, sob a luz do evangelho; precisamos de música que fale sobre o mundo, mas a partir de Deus.

Além disso, precisamos de música, simplesmente. Música que signifique Deus por sua beleza, e que mostre a sua glória sem palavras. A música pode ser narrativa, mas não precisa ser – a música não precisa de justificativas além da sua própria existência porque, afinal, Deus não precisa dar explicações sobre a razão de sua criação. Quem pode pôr em dúvida a beleza da música? Quem pode pôr em dúvida o amor do homem pela beleza da música? E quem pode pôr em dúvida a origem divina de toda boa dádiva, e de todo dom perfeito?

Quem és tu, ó pastor evangélico, para discutires com Deus? Pode a coisa feita desafiar seu Criador, perguntando-lhe: “Por que me fizeste assim?” Ou terás a ousadia de reprovar o inventor da beleza, por ter criado homens que amam a música pela música, mesmo quando não tem uma razão bíblica para desfrutá-la? Acusarás a Deus de ser o tentador do homem?

Atribuirás a Satanás a arte de Mozart, de Wagner ou de Villa-Lobos? Consumados estes absurdos, que mais restará senão reprovar também a beleza das flores e o canto do sabiá? Por causa de Israel o nome de Deus foi blasfemado entre os gentios; mas por causa de ti a música cristã afunda nas trevas da feiúra estética.

Não me esqueço do dia em que um diácono da minha igreja – um homem grande, sério, que detestava livros mais do que qualquer coisa na vida – me chamou para uma conversa séria, “de homem pra homem”. Este diácono – não sei se no corpo ou fora do corpo, Deus o sabe – me aconselhou a desistir de ser músico profissional. “Porque” – dizia ele – “este meio artístico é muito sujo… Tem muita p., e um crente verdadeiro não se mete com p. Quando tem muita p. num lugar a gente tem que sair”. E, de fato, eu saí rapidamente de perto dele. Acho que em poucas ocasiões eu ouvi tantas vezes a palavra “p…”.

Os músicos cristãos precisam de libertação – não da música “do mundo”, mas da música “da igreja”. Precisam ser libertados do jugo dos pastores e dos crentes legalistas, que exigem qualidade nas noites de domingo, mas que proíbem estes músicos de se profissionalizarem, e fecham o mundo da música a uma ação cristã redentiva.
Guilherme de Carvalho, no blog Idéia fiksa

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O mundo pede soccorro parte 1

O ambientalista José Lutzenberger, figura de grande expressão no movimento ecológico brasileiro e internacional, aponta problemas cada vez mais atuais.
Neste trecho aponta para os absurdo da sociedade de consumo.

Incrivelmente esse documentário não é encontrado à venda!

O mundo pede soccorro parte 2

O ambientalista José Lutzenberger, figura de grande expressão no movimento ecológico brasileiro e internacional, aponta problemas cada vez mais atuais.
Neste trecho é citada a criação da AGAPAN e o problema dos carros na nossa sociedade.

Incrivelmente esse documentário não é encontrado à venda!

O mundo pede soccorro parte 3

Neste trecho fala sobre pobreza, as cidades e suas favelas.

O mundo pede soccorro parte 4

O ambientalista José Lutzenberger, figura de grande expressão no movimento ecológico brasileiro e internacional, aponta problemas cada vez mais atuais.
Fala no crescimento econômico e o mercado.

Incrivelmente esse documentário ainda não é encontrado à venda!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Quem vai dizer tchau?

Fica aí um alerta - "a gente não precebe o amor que se perde aos poucos sem virar carinho" e "Tornar o amor real é expulsá-lo de você pra que ele possa ser de alguém"

domingo, 6 de junho de 2010

O poeta


O poeta não despreza nenhum dos seus sentimentos, nem mesmo aqueles que nunca foram seus, e faz deles uma ferramenta com a qual constrói pontes que possibilitam o encontro "perfeito" entre a razão e a alma.

by jasieLCalixto

Identidade

A falta de identidade gera insegurança, a insegurança gera desconfiança e a desconfiança acaba com os relacionamentos.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

sábado, 22 de maio de 2010

A Ponte vermelha ( the red bridge )



você pode ter tudo que quiser,
você pode comprar quem você precisar mas não sabe pra onde vai.
Definitivamente não sabe
Embora se sinta seguro com muitos amigos à sua volta
você sente medo
você não sabe pra onde está indo
E é bom quando não se tem tempo pra pensar a respeito
E é bom fingir que você nunca pensou sobre isso
Os pensamentos podem ferir

Mas um pedra muito forte foi usada na construção da ponte
para um lugar mais seguro onde a vida nunca fecha a porta
Não há mais medo
As lágrimas serão de alegria

Senhor eu te amo,Senhor eu te amo,Senhor eu te amo tanto
Minha torre forte, a luz que me conduz nessa estrada escura
Eu te seguirei,Eu te seguirei,Eu te seguirei
Tu tens as palavras eternas

sexta-feira, 14 de maio de 2010

My life is in your hands - Minha vida está em suas mãos

Depois de muito falar e com a voz já esgotada sobrou forças pra fazer essa oração em forma de canção. Música de Kirk Franklin

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Minha mãe pra mim é assim. E a sua?



Não fosse o teu amor a me envolver
Não fosse o teu calor a me aquecer
Não fosse a tua voz a me ninar
Não sei como seria, não sei se viveria

Mãe dádiva de Deus.
Presente preciosos aos olhos meus.

segunda-feira, 29 de março de 2010

saber viver

Não sei... Se a vida é curta
ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura...
Enquanto durar.

Cora Coralina

quinta-feira, 11 de março de 2010

Motivo

Motivo


Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.


Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.


Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.


Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.

Cecília Meireles

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

skate terapia



quando não aprendemos a desfrutar dos diversos pequenos prazeres que a vida pode nos oferecer, acabamos nos concentrando demasiadamente num único(ou poucos) tipo de prazer e o que antes era prazer acaba se tornando enfado.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Feliz dois mil e todos!

fonte - www.ovelhamagra.com



Meu 2010 já chegou, assim como os meus 2011, 2012 (com ou sem cataclisma ou “fim do mundo”), e todos os demais 2013, 2014 e assim por diante que possam vir e me aguardam pela frente também. Aqui ou na Eternidade onde a contagem de tempo não mais existirá, onde todas as relatividades se absolutizam, não em teoria, mas em verdade concreta, palpável e existencial Naquele que tudo fez e criou por amor e no amor. Naquele onde, e em quem, nenhum conhecimento, tempo e existência lhe são encobertos.

Não tenho medo do que pode vir a acontecer amanhã, no ano que vem ou em qualquer outro tempo, porque eu sei em quem tenho crido e sei também que Ele é fiel e poderoso para me guardar no dia mau, e saber que sou guardado por Ele me basta. Repetindo nosso irmão Paulo, na carta aos Coríntios, “quem espera desta vida apenas o que se vê já é a mais infeliz das criaturas”...

Logo, Aquele que criou as partículas atômicas, as constelações, mundos e tudo o que vemos, sentimos, cheiramos, ouvimos, necessitamos, percebemos e até mesmo o que não vemos nem compreendemos, fará sobressair Sua vontade eterna, graciosa e soberana sobre nossas vidas e tudo o mais que possa existir para completá-las, afim de nos fazer bem e não mau.

Sim, quem criou as galáxias e os organismos pluricelulares, também colocou no mesmo pacote a vontade de amar, o querer andar de mãos dadas com a pessoa que se ama e se quer bem, criou o amor carinhoso e doce entre vovós e netinhos. Ainda que muitos não entendam, e até achem desrespeitoso, Aquele que chamou à existência o que não existia, também desenhou pulsões de desejo e paixão entre homens e mulheres, que quando se encontram, descobrem-se completos um no outro. Sem pudor e sem vergonha, sem reservas e sem medo, o Criador criou o amor que desafia a física, a química, a geografia e a matemática, porque fez de dois, apenas um. Uma só carne feita de sonhos, expectativas e vontades diferentes que se encontraram na vida para serem um só, feito de duas partes completas que ficam cada vez mais completas um no outro.

Eu não preciso saber como será meu amanhã para ser feliz, não é preocupação minha esperar somente o ano que vem para realizar coisas e projetos. O dia chamado hoje é o projeto que Deus me deu para executar com a máxima atenção e foco. Se ele resultará em frutos para o futuro, aí já não é comigo, porque quem faz as sementes germinarem e crescerem sobre a terra é Ele que disse: “aquilo que o homem plantar, isto também colherá” referindo-se não somente às sementes da vida, como também às sementes de morte.

Nossa missão é apenas lançar as sementes, não fazê-las crescer. Plantamos e colhemos tanto vida, como também morte. Mas a vontade perfeita de quem nos chamou como semeadores no agora, é que lancemos em terra as sementes da vida para a vida, da justiça e da verdade.

Somos, ao mesmo tempo, semeadores e colhedores. Colhemos hoje o que plantamos ontem e lançamos novas sementes hoje para colher amanhã, este é um ciclo interminável. Mas a maior dádiva é que não somos escravos das sementes, a nós foi dado o direito de escolher que tipo de semente lançaremos na terra da nossa existência. Isto faz toda a diferença porque, com o tempo, conseguimos avaliar com mais cuidado que tipo de semente é boa ou má para lançar na vida.

E ainda que muitas vezes possamos escolher algumas sementes erradas, sabemos porém, que em todas as coisas somos mais que vencedores, por meio Daquele que nos chamou. Porque podemos ter absoluta certeza de que não há nada neste mundo, ou fora dele, que tenha poder e capacidade para nos afastar do amor eterno do Senhor de todos os campos.

Não se preocupe! Perca as desesperanças ao invés da esperança! Confie mais Naquele que projetou você para a vida e não para a morte! E eu digo vida no mais amplo sentido que ela possa ter para você... Vida ao acordar de manhã e ver o orvalho embaçando a janela, vida de sentir a brisa suave acariciando o rosto, vida de ver as crianças correndo alegres pelos parques, vida de ver gente que sofre, tem dor sim, angústias mas não perde a fé na Vida Daquele que não vemos mas vive pelos séculos dos séculos. Vida daquela que faz o coração bater mais forte quando vemos a pessoa amada, vida de descobrir que todos os dias são oportunidade de semear coisas novas.

Não espere 2010 para começar a viver! Não espere por nenhum outro tempo para fazer o que tem de ser feito hoje!




Neste ano ou no além, neste tempo ou fora dele, nesta possibilidade ou em todas as outras, Aquele que nos chamou à existência não para a morte, mas para a vida em abundância e em plenitude de alegria eterna, jubilante e dançante lhe abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!

Pablo Massolar

A morte do Cristianismo

Fonte - www.ovelhamagra.com



Embora com algumas discordâncias, astrólogos, esotéricos e pagãos, em todo o mundo, celebraram no último dia 14 de fevereiro de 2009 o início da transição da Era de Peixes para a Era de Aquário. Historicamente é onde eles acreditam ser o fim do império cristão no planeta e o início de uma Nova Era de paz, harmonia e redescoberta do poder interior do ser humano potencializado pelos elementos e energias da natureza.

Esta transição vem sendo anunciada e regida pelos “Mestres do Universo”, pelos “Sábios Antigos” com ar de revanche. Pode até parecer tema de filme medieval, onde figuram feiticeiros e encantamentos contra a dominação sangrenta da religião do Imperador Constantino, que no século IV oficializou a igreja cristã como religião oficial do Estado Romano. Mas a atual e crescente queda da cultura político/cristã que pagãos do mundo todo anunciam com verdadeiro orgulho vingativo, pelo fato do Cristianismo institucional ter roubado o lugar histórico da fé pagã, não é novidade. Já está dito há, pelo menos, dois mil anos.

Ser cristão ou até mesmo pagão não é garantia para uma pessoa se livrar dos poderes das trevas, das cadeias espirituais da morte ou de forças malignas. A única e genuína experiência “religiosa” que estabelece um íntimo e profundo reencontro salvador com o Criador de todos os elementos e poderes, e nos aproxima dele como filhos amados, regenerados e resgatados por amor é o sacrifício de Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

O sangue do Deus Emanuel, Deus conosco, Deus que se fez carne e habitou entre nós, derramado por cada ser humano da face da terra, por você e por mim, não pode ser institucionalizado, não pode ser requerido por qualquer religião do mundo como sendo exclusivamente seu. Nem mesmo a igreja institucional pode ser mediadora desta aliança de reconciliação. A única função dela é anunciar que, em Cristo, Deus ficou de bem com a humanidade, qualquer coisa dita ou feita além disto é tomar um lugar que não é seu.

O Cristianismo é somente uma convenção social, uma entidade sem poder nela mesma. Uma forma de organizar o pensamento a respeito do Cristo, o Messias, o Ungido, o Deus todo-poderoso que se encarnou na história humana, que se fez homem como qualquer um de nós e por simples solidariedade e desejo de resgatar sua criação. Qualquer poder político ou espiritual atribuído à instituição chamada Cristianismo é fugir do seu propósito de ser e existir para anunciar que o princípio de toda a criação é Jesus, o autor e consumador da nossa fé e da nossa esperança de salvação. Sem ele, sem o seu poder, sem a sua vontade como centro orientador, o Cristianismo não passa de uma religiosidade vazia, corrompida e chata, como ficou provado pela história.

Todas as vezes que o Cristianismo deixou-se seduzir pelo poder terrestre da política e do dinheiro, dos poderes e domínios, e se afastou do seu chamado espiritual, o resultado foi sangue inocente derramado e um afastar-se radical das Boas Novas iniciadas e anunciadas no Filho de Deus.

Jesus nunca pregou o Cristianismo institucional, mas sim o Reino de Deus, que apesar de não ser deste mundo, começa aqui, com a vontade de Deus sendo feita na vida de cada homem e mulher que se deixa ser alcançado e transformado por este megalomaníaco amor, por esta incompreendida e persistente mania de Deus de acreditar em você e eu, como agentes de transformação desta realidade, apesar de todas as nossas falhas e provas de que somos os menos indicados para esta tarefa.

O Reino de Deus não cabe atrás de nenhuma placa de igreja ou religião, não cabe dentro dos templos feitos por mãos humanas, não cabe dentro das regras, doutrinas, tratados teológicos ou sistemas de cultos e encantamentos dos homens, não cabe nem mesmo dentro do cristianismo, porque ele transcende ao que vemos e percebemos, não pode nem mesmo ser medido, qualificado ou quantificado, simplesmente está entre nós. É Eterno, não teve início histórico e jamais terá fim. Quem continua crendo no Cristianismo e não mergulhou na realidade do Reino de Deus, nem chegou perto do verdadeiro Cristianismo.

O Reino de Deus não é comida nem bebida, não é feito de coisas ou poderes terrenos, não é político, não é religioso, não depende do sucesso humano e nem da mídia. É construído a partir de coisas simples como experimentar a alegria no Espírito de Deus. É o maior tesouro que alguém pode encontrar e ao mesmo tempo não tem preço, é gratuito. O Reino de Deus é o anti-reino cristão e/ou pagão. Não depende da conjunção dos astros, das posições das casas astrológicas, não se submete à principados, potestades, sábios ou mestres espirituais. O Reino é de Deus e somente dele, para ser compartilhado com todo ser vivente neste mundo ou em qualquer outro mundo, nesta Era ou em qualquer outra.

O Sangue do Messias comprou nossa cidadania eterna no Reino de Deus. O preço está pago! Através do Sangue de Jesus os karmas são desfeitos, os pecados são perdoados, os erros são apagados. Sem necessidade de reencarnação, de auto-punição ou flagelos, sem feitiços. Porque ele tomou sobre si mesmo as nossas dores e as nossas enfermidades, o castigo que nos traz a paz estava sobre ele.

Não se admire se o mundo "cristão", como você conhece, se desfizer um dia e for substituído por outro entendimento, cultura e consciência. Cedo ou tarde isto acontecerá, aliás já começou a acontecer, os profetas bíblicos e até mesmo os não bíblicos já anunciavam o fim dele e de todas as outras eras um dia. Aos poucos o Cristianismo começa a entender, à duras penas, que ele não tem vida nem se sustenta sozinho em si mesmo. Portanto, também afirmo que nem mesmo a Era de Aquário será eterna. Não digo isto para causar medo ou desgosto, digo simplesmente pela esperança da consumação da soberana e eterna vontade de Deus. O Dia do Senhor vem sem demora, quando todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus é o Senhor absoluto de todos as eras, reinos, poderes e existências. Acredite você ou não, assim o será!

A Palavra Eterna do Deus Criador para você e eu é esta: “Arrependam-se e creiam no Evangelho porque está próximo o Reino de Deus.”


O Deus que era, que é, e que sempre há de vir, lhe abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!


Pablo Massolar