quinta-feira, 23 de abril de 2009

Arte em Comunidade (adiado por tempo indeterminado. Local a ser confirmado.)

Arte em Comunidade (adiado por tempo indeterminado. Local a ser confirmado)

Irmãos artistas,

A grande ferramenta de qualquer artista não consiste apenas em sua técnica, mas no olhar que consegue captar novas formas e novos caminhos de expressar sua arte. E esse olhar a partir de alguém cheio da palavra de Deus se torna o diferencial em sua sensibilidade e percepção do mundo. É claro que o estar cheio da palavra de Deus não significa trancafiar a arte nos moldes herdados de uma cultura fechada e tradicionalista. Imagine, por exemplo, a quantidade de seres que vivem no fundo do oceano, com sua forma estética e função totalmente diferente uns dos outros. Às vezes horríveis aos olhos de muitos de nós. Os vários sons produzidos pelas diversas espécies de animais encontrados nas matas soa como música aos ouvidos do Criador, pois Ele os fez assim e tudo que ele fez viu que era bom.

A idéia do Arte em comunidade é incluir no chamado “Encontro de Adoração” tradicional, outras formas de expressões artísticas tais como fotografia, pintura, dança contemporânea, música instrumental, escultura, poesia, artesanato, teatro e por que não as artes gráficas e também as produções de vídeo. Não necessariamente essa arte terá de ser “evangélica” no sentido de explicitamente estar ligada aos termos e costumes, meramente culturais, adotados pela comunidade evangélica. Deus não é evangélico, Ele é Deus o Grande criador, artista de tudo que há de bom e de ruim nesse universo onde até mesmo satanás, a expressão do mal, é criação sua. Porém, a arte não deve ferir os princípios do criador, passando uma mensagem contrária à Sua palavra. Precisa ser ética, precisa respeitar aquilo que entendemos como agradável a Ele sem precisar ser, como disse antes, “evangélico”.



Jasiel Calixto Guimarães

Cinco sentidos – A visão e os outros

Hebreus; 24-27 “Pela fé Moisés, sendo já homem, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus do que ter por algum tempo o gozo do pecado, tendo por maiores riquezas o opróbrio de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa. Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como quem vê aquele que é invisível”.


Recentemente ouvi o Fernando Meireles, diretor do filme Ensaio Sobre a Cegueira, dizendo que os atores passaram vários dias com os olhos fechados para que pudessem vivenciar um pouco de como é a vida de um cego.
Deus nos deu cinco sentidos, para que por meio deles pudéssemos nos orientar e de certa forma nos proteger. Se você fosse medir o grau de importância que cada um tem, e tivesse que classificá-los, qual seria a ordem de importância? Se tivesse que escolher um para retirar de sua vida, qual seria? E por quê?

Durante a faculdade eu discutia com uma amiga de curso que, se tivéssemos que escolher entre perder a visão ou a audição, que escolha faríamos. Ela prontamente respondeu, prefiro perder visão. Eu me assustei com sua resposta, mas depois de refletir bem pude entender que o perder a visão poderia proporcionar alguns benefícios. A sua percepção das pessoas à sua volta seria muito mais profunda e honesta. A aparência não mais contaria. Entraria em cena a entonação da voz, as palavras, o cheiro, a respiração, o aperto de mão, o abraço... o simples fato de se aproximar do filho que dorme, e bem de perto, com os olhos fechados, sentir sua respiraçãozinha e ouvir o bater de seu coraçãozinho. Isso é realmente “ver” quem o outro é.

A visão, de todos os sentidos, parece ser a mais importante. Apenas parece. Afinal, imagine você saindo pro trabalho de olhos fechados. Pra começar, sua independência no conforto do seu carro já não existiria mais. Teria de arrumar outra forma. Por outro lado as pessoas jamais iriam ouvir frases do tipo “que roupa feia é essa? Vestido(a) assim não sai comigo de jeito nenhum” ou “ até um ano atrás você não tinha esses pés de galinha no rosto” ou provocar o outro dizendo “fulano ou fulana é que sabe ser elegante, veja como é magra (o) e linda (o)”

Nossos olhos muitas vezes nos traem. Eles são os primeiros a enviar um comando a cérebro dizendo “olha, não é possível. Não vejo saída” ou ainda “vi, gostei e comprei”. Janela da alma são os olhos. A alma teme por que muitas vezes o olho vê o que não gostaria de ver. Quando Jesus ordenou a Pedro que caminhasse por sobre as águas, e fosse até Ele, Pedro olhou à sua volta e sentiu medo, conseqüentemente começou a se afundar. Se Ele fosse cego, sua única referência seria a voz do Mestre em sua direção. De que forma os teus olhos têm te traído? Sob quais circunstâncias? A voz do Mestre Jesus tem que ser tão somente nossa maior referência e não aquilo que vemos à nossa volta.

Moisés permaneceu firme “vendo” Àquele que era invisível e por isso rejeitou todas as propostas que ,naquele momento, pareciam ser a melhor alternativa ou talvez a única saída para que ele tivesse uma vida “desfrutando do melhor de Deus”. Com certeza sabemos, pela palavra, o final da história de Moisés. Deus usou sua vida tremendamente visto que ele se recusou a viver pelos olhos naturais se tornando cego para este mundo, enxergando o verdadeiro caminho,o invisível, a verdadeira vida... em Deus.

Jasiel Calixto Guimarães